In memória de Maria Nóelia
Batista, minha mãe que aos 17 anos me trouxe ao mundo, ainda na sua
adolescência lutou com muito sacrifício para nos criar e nos dar a oportunidade
de estudar. A ela que nos seus últimos dias de vida no leito de um hospital
sofrendo dores intensas se preocupou em não deixar transparecer a sua dor,
mesmo quando eu vi nos seus olhos tão grande dor. Vi e vivi com ela um
exercício doloroso de paciência e serenidade que a vida pôs diante de nós nesta
jornada do Progestão.
Em especial a minha irmã Márcia
que sempre me ajudou nos estudos durante o curso, esclarecendo - me as dúvidas.
A meu esposo Justino “Tininho” que sempre esteve me apoiando e encorajando-me a
prosseguir sendo companheiro e compreensivo. A toda a minha família que sempre
está unida na alegria e na dor, isto me fortalece, pois tenho a certeza de
saber que se eu “conhecesse todos os mistérios da ciência, e ainda que eu
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes e não tivesse o
amor, eu nada seria”. (I aos Cor 13:2).Sobretudo o amor de vocês.
Agradecimentos
Ao
senhor Deus, que constantemente me fortaleceu dando-me ânimo, coragem e determinação,
para enfrentar os momentos alegres e difíceis com humildade.
Especialmente aos vivenciados quando na realização deste trabalho. A
minha irmã Márcia e meu irmão Isaac que me apoiaram.
Agradeço a todos que fazem parte da minha vida, mesmo os que estão um
pouco distante, mas que deixaram um pouco de si em mim.
Nesta relação estão as seguintes pessoas: a professora Lucimar da Silva
Vespasiani que foi minha professora na segunda série primaria e por sua
paciência iniciei minha vida no mundo da leitura e que também como secretaria
da Educação Municipal me deu a oportunidade de participar do curso, a
Professora Antonia Benevides “Tonita” que para mim é referencial como
professora e como ser humano.
Enfim em tudo agradeço a Deus por me dar força e certeza na hora da
fraqueza e na hora da incerteza, ajudando-me a continuar a minha caminhada.
1. Introdução
O presente Memorial é um dos requisitos
avaliativos do Programa de formação continuada de gestores escolares o
Progestão, composto da seguinte forma:
No
capitulo I, descrevo a minha trajetória individual, início de minha vida
escolar, a minha trajetória profissional no campo educacional, destacando a
minha formação profissional e os principais cursos de aperfeiçoamento e
atualização que participei. Registro também a minha formação acadêmica e o
inicio do primário nessa instituição onde trabalho.
No
segundo momento registro as minhas memórias e perspectivas de estudo e pesquisa
em relação a este curso o Progestão, enfim apresento a conclusão desse trabalho
fechando com a minha autoavaliação.
Capítulo I.
Neste capítulo, descrevo a minha
trajetória individual, revivendo as memórias da minha infância, focando o inicio
da vida escolar, agora com o olhar de educador e descrevo também a formação
profissional e a atuação como professora na rede municipal.
2.1. TRAJETÓRIA INDIVIDUAL
2.1.1.
Início da vida escolar
Antes de começar a freqüentar a escola
regular estudei numa banca, pois os pais naquela época tinham o interesse em
pagar alguns meses de estudo para que os filhos aprendessem o ABC como era
chamado um pequeno livro que continha todo o alfabeto e palavras de uma e duas
sílabas. O estudo inicial dos números, isto era considerado muito importante
para a aprendizagem e o sucesso escolar do aluno. Visto que as escolas só
matriculavam as crianças a partir dos sete anos e já ingressavam na 1ª série
atual 2º ano.
Fui matriculada na 1ª série aos sete anos
na Escola Getúlio Vargas situada no mesmo bairro onde eu morava, entrei na
escola no ano de sua inauguração. Nesse mesmo ano tive a experiência mais
frustrante de minha iniciante vida escolar. Durante o ano tivemos várias
professoras e na metade do ano fomos transferidos para Ginásio Municipal
Antônio Simões Valadares no turno vespertino a nossa escola recebeu um grupo de
trabalho e estudo chamado Projeto Rondon, desse ano a professora durante a
lição eu ainda não tinha segurança estava vacilando e ela se irritou e acabou furando
meu braço com o lápis.
A professora da 2ª série me deixou uma
boa marca, pois era generosa e paciente, quando eu me atrasava copiando a
tarefa sempre deixava que eu terminasse durante o recreio. Um dia, ouvi falando
com outra professora que eu estava progredindo que eu estava ficando com a
“letrinha bonitinha” e já estava aprendendo a ler. Isso me deixou bastante
contente e fiquei com muita satisfação, então cada dia me esforçava para
melhorar a letra e a leitura, passei a ler tudo o que via escrito em embalagens
e logo passei a pedir livros emprestados na biblioteca do senhor Robério Pinto
de Azeredo.
Cursei 4ª série no Colégio Estadual
Belarmino Pinto, pois a Escola Getúlio Vargas não tinha 4ª série. O Ensino
Fundamental II cursei todo no Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares à
direção do ginásio era bem rígida e os professores correspondia com a rigidez
no mesmo grau, lembro-me de como era difícil e muito levada a sério a
disciplina Educação Física que era somente prática e acontecia das 05h30min as
06h30min, voltavam às pressas para casa para as 7 h e 30 min. para assistir as
cinco aulas que tínhamos todos os dias.
Ingressei em 1988, no ensino médio numa instituição
particular denominada Colégio Imaculada Conceição, que foi uma iniciativa do padre
da paróquia de Itiúba Sandro Vespasiani e alguns funcionários do DNOCS, pois
até então não contávamos com ensino médio gratuito. No ano de 89 passamos a ter
o ensino médio gratuito por iniciativa do governo estadual que tornou público o
ensino que era oferecido nas instalações da Escola Nuclear Belarmino Pinto que
passou a ser Colégio Estadual Belarmino Pinto e em 91 concluí o magistério.
Em
2002, surgiu a oportunidade de ingressar no ensino superior e participei da
seleção da UNEB 2000, que oferecia o curso de Pedagogia. Conclui o curso em
2007 com a monografia Memórias das Educadoras Aposentadas de Itiúba, que falava
da trajetória de algumas professoras, suas práticas pedagógicas, seus ideais de
educação, sonhos e realizações profissionais.
No inicio de 2007 no município de Itiúba
dá-se inicio ao curso de formação continuada o Pró-Letramento de Língua
Portuguesa com a carga horária de 200h curso presencial. Início de 2008 teve a
continuação do curso desta vez à etapa de Matemática também com a carga horária
de 200 h presenciais.
2.1.3. O PROGESTÃO
O Progestão é um programa de capacitação
à distância para gestores escolares. Ele é um curso de formação continuada.
Elaborado para assegurar um padrão comum de qualidade na formação de gestores
de escolas públicas de estado e município e tomou como referencial o resultado
de pesquisas que apontam a relação do resultado da aprendizagem dos alunos com
o desempenho das equipes escolares e as dificuldades enfrentadas pelos gestores
escolares ao lidar com os seguintes aspectos: condução dos processos
participativos; relação com a comunidade coordenação pedagógica da escola;
gestão financeira; evasão e repetência; violência; indisciplina; articulação do
corpo docente e administrativo; e funcionamento dos conselhos escolares, entre
outros. Tem como objetivo formar lideranças escolares comprometidas com a
construção de um projeto de gestão democrática da escola pública, focada no
sucesso dos alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio.
Cada módulo traz na sua discussão
informações valiosas que colaboram para um projeto de sociedade e educação
democrática. Diante desse projeto de social de educação para a liberdade esta é
escola que todos desejam com bases sólidas construídas democraticamente,
participativa com gerenciamento transparente dos recursos financeiros, a ética
é o principal fundamento da democracia que desperta o sentimento de
coletividade em todos numa escola para todos.
Algumas dificuldades foram encontradas,
uma delas foi à participação dos demais profissionais em torno do objetivo do
Progestão. Muitos ao serem convidados a participar das atividades propostas
pela equipe do Progestão mostravam pouco interessados. Isso se deve ao
pensamento de que somente o gestor é responsável pela administração de pessoal,
dos recursos materiais, financeiros, pedagógicos e do patrimônio escolar, como
também a organização do cotidiano escolar. Mas o Progestão veio despertar em
nós o estimular da participação de funcionários da escola, do conselho, do
colegiado, das famílias, da comunidade e as parcerias. Provocou nos gestores a
necessidade de atualizar-se com as a políticas públicas, repensar a avaliação
como um todo, tanto da aprendizagem como a avaliação da instituição, enfim
descentralizar as responsabilidades para que todos possam participar nas
tomadas de decisões.
As dificuldades enfrentadas se relacionam
com um dos fatores que colabora para as diferenças que é o fator cultural, pois
a escola recebe alunos vindos da zona rural e da sede nos seus três turnos de
funcionamento tornando-se um espaço conflituoso das relações que se reflete
através das agressões físicas e verbais enfrentadas por todos no dia-a-dia.
Para que pudéssemos superar essas diferenças geradoras de violência no interior
da nossa escola e reduzir esses conflitos foi preciso organizar várias
parceiras como foi sugerido no estudo do módulo Progestão. Juntamente com o
CRAS (Centro de Referência e Assistência Social), o CREAS (Centro de Referência
Especializada e Assistência Social) e o Conselho Tutelar que atuarão junto à
escola no propósito de atender a todos com o objetivo de melhorar a convivência
entre alunos, pais e escola.
As expectativas em torno do Progestão
sempre foram de que o curso nos traria contribuições valiosas em torno não só
da gestão escolar, como também em outros aspectos da educação e das relações
que seriam construídas ao longo do curso com outros colegas e que essas novas
relações estabelecidas, iriam melhorar o processo de gestão escolar através da
interação e troca de experiências vividas por cada um. Que enriqueceu as nossas
vidas e de todos os envolvidos nesse processo direta ou indiretamente. Por que
a partir do vivido no decorrer do Progestão acredito que na nossa escola houve
uma progressão em todos os sentidos.
A gestão escolar participativa e
democrática agora é o foco principal em todos os processos da educação do
município de Itiúba, pois entendo que gestão escolar são processos que envolvem
a todos e o Sucesso depende de todos.
Capítulo II
Cabe-me nesse capítulo descrever o
cotidiano dessa instituição escolar e os estudos dos módulos com a descrição
das atividades executadas e a reflexão das competências adquiridas ao longo do
Programa Progestão.
2. DO COTIDIANO ESCOLAR ÀS MUDANÇAS DESEJADAS
O
Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares é uma instituição que atende o
município desde o ano de 1969, prestando os seus serviços a população da sede,
dos povoados e fazendas do município, está situada à Rua Ademir Simões de
Freitas, no bairro do Alto. Ofertando os cursos de Ensino Fundamental I e II,
Educação Infantil e a Educação de Jovens e Adultos segmentos I e II.
Como
as demais instituições escolares do município necessita de recursos para
oferecer educação de qualidades aos que dela necessitam, o Progestão vem de
encontro a esses anseios de mudanças uma
vez que o mesmo orienta a organização patrimonial, financeira, administrativa e
pedagógica.
2.1. Módulo 1 - Articular a função social
da escola com as especificidades e as demandas da comunidade.
O módulo I destaca a função social da
escola, situando a historia da política do Brasil e da educação de uma forte
tradição de uma escola para poucos. Essa situação começou a mudar já no século
XX, depois da Proclamação da Republica. Estudar algumas ideias sobre a escola
no passado e no presente é importante para a gestão escolar, pois dá a
capacidade de compreender o contexto e as relações em que se desenvolve a
prática educativa. A escola onde
trabalhamos não está solta no espaço, mas articula-se com o movimento mais
amplo e mais largo da história da educação no mundo e no Brasil. Quando nos
situamos nesse mundo e nessa história, mais facilidades têm de compreendermos o
presente e buscar a mudança daquilo que pode ser mudadas.
Revela que somente a partir do século XX há
mudanças no campo da educação com os eventos e datas importantes de diferentes
aspectos da vida brasileira: a cultura (Semana da Arte Moderna), a economia
(quebra da Bolsa de Valores de Nova York), a política (Revolução de 1930 e
Estado Novo) e a educação (Manifesto dos Pioneiros). As ideias do movimento da
Escola Nova foram incorporadas à Constituição de 1934 que estabeleceu a
gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário. Em 1961 tivemos a primeira
LDB Lei de Diretrizes de Bases de Educação de âmbito nacional (Lei nº 4024/61),
a partir de 1964 novas reformas veio com duas leis importantes a Lei nº
5.540/68, que desencadeou a reforma universitária; e a Lei nº 5.692/72, que
reformou o ensino primário e secundário, ampliando a oferta da escolaridade de
quatro para oito anos, instituindo o ensino de 1º e 2º graus e propondo a
profissionalização do ensino.
Destaca o trabalho da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI instituída pela UNESCO que
produziu relatório no qual a educação é concebida a partir de princípios que
constitui os quatro pilares da educação: aprender a conhecer significa não
tanto a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios
instrumentos do conhecimento. Aprender a fazer exprime a aquisição não somente
de uma qualificação profissional, mas de competências que tornem a pessoa apta
a enfrentar variadas situações e trabalhar em equipe. Aprender
a conviver quer dizer tanto a direção da descoberta progressiva do outro e da
interdependência quanto à participação em projetos comuns. Aprender a ser
significa contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: espírito e corpo,
inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,
capacidade para se comunicar, espiritualidade.
Destaca que é por meio da eleição que a
democracia se configura como processo e ela é construída no cotidiano das
nossas relações, sendo fruto do trabalho coletivo que se realiza na escola, por
meio de seus múltiplos espaços de participação.
Quanto à relação da escola com a
comunidade ela se faz com a participação dos pais que lutam para seus filhos
freqüentar a escola, sabe o valor que o conhecimento tem na vida em sociedade,
esses alunos estão na escola para ter acesso ao conhecimento. Os professores
estão na escola para garantir esse conhecimento de forma mais direta, cabendo -
lhes desenvolver situações de ensino-aprendizagem que possibilitem aos alunos a
aquisição do conhecimento sistematizado. A equipe dirigente e técnica estão na
escola para assegurar condições propícias ao encontro entre alunos e
professores.
Ressaltou a importância de um local de
encontro para a troca sistemática de conhecimentos no interior da própria
escola que é a sala de aula. Se professores e alunos juntos são capazes de
construir a aventura de conhecer, a missão da escola se cumpre. Caso contrário,
o insucesso não é apenas dos alunos, mas também dos docentes. Por isso é
importante que o gestor perceba se: existe distanciamento entre a escola e a
comunidade, provocado pelas expectativas não atendidas de ambas as partes, se a
natureza da participação demandada pela escola às famílias é limitadora de seu
desenvolvimento na vida escolar. Quando os pais se envolvem na educação dos
filhos, a chance de sucesso das crianças nos estudos é muito maior.
Destaca a ideia de que a cultura diz
respeito a todo o modo de vida de uma sociedade, e se refere à forma como as
pessoas e os grupos sociais produzem sua própria existência a partir das
influências que recebem. Na vivência diária de uma instituição e de um lugar,
as pessoas e os grupos que aí se formam vão também produzindo novos modos de
vida humana e assim recriam a cultura geral.
Conclui que uma escola identificada por sua
cultura específica detém força para influir na cultura da comunidade. Conforme
as características da comunidade e as intenções do pessoal da escola, ela
poderá se transformar em pólo de desenvolvimento da própria comunidade.
Durante
o estudo deste módulo fizemos as reuniões com os profissionais da escola,
proposta como atividade um do caderno de atividades. Seguimos as orientações do
Progestão que foram fundamentais para o envolvimento e participação dos mesmos
nas reuniões que teríamos daí por diante. Tudo correu num clima onde todos se
sentiram a vontade para falar, ficou claro que nenhuma escola poderá alcançar
objetivos significativos, para os alunos e a comunidade na qual está inserida,
se não tiver um projeto que norteie e dê suporte à ação de cada um dos seus
agentes. A equipe escolar percebeu a necessidade de trazer para sua prática
pedagógica questões de interesse da comunidade, com suas opiniões,
experiências, necessidades e sua cultura para ajudar na formação dos seus
filhos e demais integrante da escola.
Na atividade três -reunião entre os
profissionais da escola e as famílias- seguimos as orientações do Progestão
como presidir uma reunião, com a pauta em mãos, os objetivos traçados, tudo
ficou mais prático. À medida que todos foram envolvidos na reflexão sobre a
escola, sobre a comunidade, sobre os objetivos a serem alcançados por meio da
ação educacional sentimos que se instalou um clima de maior confiança das
famílias com a escola e uma maior percepção de que o desenvolvimento do aluno
requer a participação da família. Sentimo-nos encorajados a convidar mais vezes
à comunidade a participar e interagir com a escola em seus eventos e reuniões.
Ficou muito claro que é importante que a
equipe da direção escolar tenha disponibilidade para atender aos alunos e
ouvi-los, sobre suas opiniões, dar espaço aos mesmos para buscarem algumas
informações e aos seus familiares também porque são essas ações que operam
transformações no cotidiano escolar. Na
tentativa de superar as dificuldades e atender bem aos nossos alunos a escola
disponibiliza de uma caixa de sugestões onde os alunos podem deixar suas
sugestões e reivindicações sobre vários aspectos do cotidiano escolar não sendo
preciso se identificar. Após a leitura das sugestões a equipe da direção faz
uma análise das questões de maior peso e se reúne com todos os profissionais da
escola para buscar corrigir as possíveis falhas.
Estudar o módulo e executar as atividades
propostas foi muito bom, nos ajudou a ter maior clareza nas ações e os
objetivos traçados ficaram mais fáceis de alcançar. Dividimos as tarefas, cada
profissional da escola tem habilidades para conduzir alguns trabalhos de forma
diferenciada do outro e assim o sucesso é alcançado por toda a equipe escolar.
Na busca de mais informações nos arquivos da escola encontrei um
comunicado de convocação para o Iº Encontro Regional de Educação com o Tema: “A
escola pública e seu compromisso social” e os subtemas: A Escola Pública e sua
relação com a Comunidade e O ensino público em Novo contexto Político-Administrativo.
Que aconteceu em Juazeiro-Ba nos dias 22,23 e 24 de outubro no ano de 1987, no
Centro de Cultura João Gilberto. O objetivo desse encontro com educadores,
alunos e a comunidade era redefinir uma ação conjunta que visava à
revitalização da Escola Pública. Este documento segue em anexo.
2.1.2 Promover,
articular e envolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar.
O estudo do módulo II enfatiza de maneira clara os processos necessários
para promover atividades e exercer funções que promovam a presença e o
fortalecimento da atuação das pessoas no interior das escolas. O modo
democrático de gestão envolve o exercício do poder, incluindo os processos de
planejamento, a tomada de decisões e avaliação dos resultados alcançados. Fortalecer
procedimentos de participação das comunidades escolar e local no governo da
escola, descentralizando os processos de decisão e dividindo responsabilidades.
Destacando os processos de gestão da escola e
o envolvimento de ações que procuram estimular a participação de diferentes
pessoas e articular aspectos financeiros, pedagógicos e administrativos para
atingir um objetivo especifico: promover uma educação de qualidade “que abranja
os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (Lei
de diretrizes de Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, art.1º).
Ressalta a importância da construção de mecanismos de participação da
comunidade escolar, como: Conselho Escolar é um órgão de representação da
comunidade escolar. Instância colegiada que deve ser composta por
representantes de todos os segmentos da comunidade escolar e constitui-se num
espaço de discussão de caráter consultivo e/ou deliberativo. Conselho de classe
é mais um dos mecanismos de participação da comunidade na gestão e no processo
de ensino-aprendizagem desenvolvido na escola. Associação de pais e mestres, enquanto
instância de participação constitui-se em mais um dos mecanismos de
participação da comunidade na escola. Grêmio estudantil constitui-se em
mecanismo de participação dos estudantes nas decisões do cotidiano escolar e em
seus processos decisórios, constituindo-se um laboratório de aprendizagem da
função política da educação e do jogo democrático. Esse processo de
participação na escola ajuda a comunidade a reconhecer o patrimônio das
instituições educativas-escolas, bibliotecas, equipamento como um bem público
comum que oferece vantagens e benefícios coletivos.
O
papel da equipe gestora é a responsabilidade de assegurar a autonomia da
escola, buscar novas oportunidades e articulá-las com os objetivos e as
atividades do projeto pedagógico, pois as ações voltadas para o exercício da
autonomia articulam as dimensões pedagógica, educativa, administrativa,
financeira e jurídica e tornam a equipe escolar mais responsável pelos acertos
e erros das decisões tomadas.
Identifica como competência dos poderes públicos garantirem o
financiamento da educação pública e, aos gestores garantir o bom uso desses
recursos. A transparência na definição no uso dos recursos e o seu controle
social são fundamentais para uma gestão participativa e a organização dos
diversos segmentos da escola é fundamental para que a escola consolide sua
autonomia e seu projeto pedagógico. As
ações de um colegiado ou conselho escolar atuante vão desde participar na
elaboração e acompanhamento do Projeto Pedagógico da Escola até cuidar da
transparência dos aspectos administrativos, financeiros e educacionais.
Define
então o gestor como líder que deve; ser um mediador entre o sistema de ensino e
a unidade escolar e a comunidade local, manter-se atualizado com as políticas e
diretrizes educacionais em nível nacional, estadual e municipal,
socializando-as na escola. Zelar pela organização administrativa e educacional,
definida no Projeto Pedagógico da escola, manter organizados e atualizados os
registros da escola de maneira sistemática, também é uma das suas atribuições
como também preparar e propor orçamentos, incluindo previsão de custos e
despesas e trabalhar a proposta do sistema de ensino cooperativamente com a
comunidade escolar local.
A
organização do tempo escolar também é responsabilidade da equipe gestora, pois
se refere ao calendário que abrange: o inicio e o fim do ano letivo, o número
de dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano é dividido, os
feriados, as datas de avaliação, o tempo reservado para as reuniões,
planejamento e cursos, além da distribuição da carga horária entre disciplinas
ou áreas de conhecimento.
Diante das atividades proposta no caderno de atividades realizamos a
quinta atividade. Estabelecendo relações entre a escola e a comunidade.
Começamos com o que disse Paulo Freire (1997):
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os
que vivem torno da escola, e dentro da escola no sentido de participarem, de
tomarem um pouco o destino da escola na mão. Tudo o que a gente puder fazer
nesse sentido ainda é pouco, considerando o trabalho imenso que se põe diante
de nós que é o de assumir esse país democraticamente”
Uma
educação de qualidade depende de uma boa relação entre familiares, gestores,
professores, funcionários e estudantes.
O
desenvolvimento da atividade cinco, Estabelecendo relações entre a escola e a
comunidade foi muito importante. Serviu como ponto de partida as informações que
coletamos de forma objetiva; até onde as pessoas que estão envolvidas direta ou
diretamente com a escola, se interessavam pelas atividades desenvolvidas dentro
e fora dela, o que pensavam a respeito das questões ligadas a ela,
interessavam-se pelas atividades da escola?E também o grau de envolvimento das
mesmas nos processos de mudanças que estão ocorrendo dentro da escola. Através destas questões fizemos uma reflexão
e organizamos melhor nossos trabalhos de forma a agregar melhor a participação
da comunidade nas ações da escola com as reuniões de Pais e Mestres, Dia da
Família na Escola, as datas comemorativas e os festejos juninos. A atividade
sete, Projetos, deveres e obrigações: expondo as diferenças. Desde o inicio do
ano letivo elaboramos o nosso Plano de Ação que é uma proposta conjunta de
todos os profissionais da escola e tem como objetivo geral: planejar e
organizar as atividades didáticas e administrativas, conforme proposta
pedagógica. Nesse plano de ação temos: as ações coletivas, como fazer /recursos,
os responsáveis e o período de realização. Com as metas traçadas foi possível
motivar melhor e envolver os funcionários e professores nas ações desenvolvidas
pela escola que tem como objetivo maior ensinar o aluno o que ele ainda não
sabe e ampliar seus horizontes.
Nessa
perspectiva temos a cada ano uma Ação Global que envolve toda a equipe escolar,
alunos professores, funcionários de apóio e membros da comunidade externa, que
juntos participam de diversas atividades propostas para este dia. Neste ano
contamos com a participação da Secretária de Saúde, Funcionários dos Correios,
Psicólogos, Terapeutas e profissionais de beleza que prestaram relevantes
serviços à comunidade estudantil neste dia.
2.1.3 Articular a gestão pedagógica da escola
com as políticas públicas da educação para a melhoria do desempenho escolar
O
módulo X está voltado para a promoção da articulação necessária entre gestão
pedagógica da escola pública e as políticas da educação. Tendo como objetivos
específicos, compreender os sentidos dessas políticas da educação na
determinação do desempenho da escola, em níveis demonstrativos de qualidade do
ensino; descrever elementos que expressem a qualidade da mesma a partir das
políticas educacionais, estabelecerem relações entre fatores privilegiados
pelas políticas públicas voltadas para a melhoria do desempenho nas práticas
educativas, analisar diretrizes das políticas educacionais e sua articulação
com o Projeto pedagógico.
As
políticas públicas educacionais abrangem todo o território nacional e
constituem as diretrizes e bases da organização da educação nacional. As
políticas educacionais e o PP andam juntos, por que todo ato educacional é um
ato político que condensa muitas decisões e por que o PP encerra a política
pedagógica da escola: as suas escolhas e os princípios norteadores das
atividades da escola. Para que se possa caminhar com segurança é preciso
observar sempre as políticas públicas, leis, decretos, portarias normas e
diretrizes vigentes e incorporá-las ao Projeto pedagógico.
Este
módulo discute também a avaliação externa, processo por meio do qual a
instituição é analisada por agentes externos a ela, independentes da
formulação, aplicação dos resultados da ação que avaliam. A avaliação externa é
planejada e realizada tendo como foco de interesse o desempenho dos alunos.
Constitui um importante instrumento para avaliação da melhoria da educação em
nível nacional e de aperfeiçoamento da prática escolar.
Cita como exemplo de avaliação externa a Prova Brasil que tem como foco
a unidade escolar, visando retratar a realidade de cada escola, em cada
município, pois a mesma é uma avaliação em larga escala, os seus questionários
respondidos pelos alunos buscam coletar informações a respeito do seu contexto
social e capital cultural. Os resultados da mesma junto com as informações de
fluxo escolar, dados do Censo Escolar da Educação Básica integram o IDEB o
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
A
interpretação pedagógica dos resultados obtidos pela escola nas avaliações
externas é fundamental para aperfeiçoar o Projeto pedagógico e para a
democratização da escola. As políticas nacionais reclamam a melhoria da
qualidade da educação a partir dos princípios de autonomia, da colaboração, da
participação, da igualdade de oportunidades e da inclusão social.
Ao
desenvolvermos a atividade um - Por que e como articular o Projeto Pedagógico
da escola com as políticas educacionais? Fizemos uma releitura do nosso Projeto
Político Pedagógico que tem entre suas metas: o Reforço Escolar, Dia da Família
e a construção da Biblioteca Escolar. Destacamos o Reforço escolar uma das
políticas educacionais do Programa Mais Educação que é oferecido aos alunos no
turno oposto. Esta ação melhorou o desempenho dos alunos nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, pois contamos com o apoio dos professores
destas disciplinas que já sabiam das dificuldades destes alunos para ajudá-los.
A atividade sete de posse dos resultados da última edição Prova Brasil
percebemos que precisamos rever nossos instrumentos teóricos metodológicos para
que possamos alcançar objetivos significativos para os alunos por meio de uma
ação educacional com um novo significado para eles, pois precisamos elevar o
nível de aprendizagem dos mesmos de forma realmente significativa.
Uma das dificuldades percebidas no rendimento dos resultados da Prova
Brasil para nossos alunos, era justamente o fato de eles ainda não terem
passado por uma avaliação neste nível. Para que pudessem se sentir mais seguros
a equipe da direção, coordenação e os professores do 5º ano em conjunto
decidiram aplicar um simulado da Prova Brasil para que assim nesta edição o
resultado seja de acordo com o que nossa equipe espera.
2.1.4
Desenvolvendo a avaliação institucional da escola
O estudo do módulo IX trata da avaliação
institucional da escola. Um processo muito complexo, que tem como objetivo o
aperfeiçoamento da qualidade da educação. Na década de 90, o Ministério da
Educação programou alguns programas de avaliação: o Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB), o Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras (Paiub), o Exame Nacional de Cursos –“Provão” (ENC) e o Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Conceitua a avaliação institucional e o seu objeto de análise que são as
instituições e políticas públicas.
Refere-se ao seu desempenho global, considerando todos os fatores
envolvidos em face dos objetivos ou da missão da instituição, no contexto
social, econômico, político e cultural no qual está inserida. Analisa os
processos de funcionamento e os resultados alcançados: leva em consideração a
realidade social, buscando identificar os fatores favoráveis ao bom andamento
(da instituição ou da política) e aqueles responsáveis pelas dificuldades,
sempre com a finalidade de oferecer subsídios para a superação.
Divide a avaliação institucional em ações metodológicas e etapas que se
baseiam três critérios. A visão de totalidade significa que a escola deve ser
avaliada no seu todo, envolvendo serviços, desempenhos e suas inter-relações. O
referencial maior será o projeto pedagógico da escola. Participação coletiva no
processo de avaliação: pais, alunos, funcionários, professores, gestores e
representantes da comunidade local. Pela participação coletiva será assegurada
à comunidade escolar a sua representatividade, nela estarão todos os segmentos
que fazem a escola. E por último planejamento e acompanhamento, que é um processo
seqüenciado, organizado e de articulações constantes, coordenado por um grupo
de trabalho da escola (GT). É por meio dessa ação que poderá ser assegurada a
continuidade do processo para que ele não se limite ao levantamento de
informações.
Destaca a importância de elaborar relatórios
do processo de avaliação institucional da escola, o relatório é um valioso
instrumento de registro de um processo de construção coletiva. Nele deverão
estar os dados essenciais coletados durante a avaliação, num esquema apropriado
ao desenvolvimento do processo (dimensões, categorias e aspectos analisados),
mas com escrita simples e clara, para facilitar a divulgação dos resultados e
os estabelecimentos dos planos de ação.
Define os usos ou benefícios variados e os diferentes beneficiários dos
resultados da avaliação institucional. Sendo usos pessoais: alunos, pais,
professores e outros trabalhadores em educação tomam conhecimento de seu
desempenho e do desempenho da escola, podendo identificar os seus acertos, para
ampliá-los e os seus equívocos a serem superados; os usos para a instituição: a
escola pode definir melhor suas prioridades, desenvolvendo ações de estímulo
para ampliar acertos e seus sucessos e ações de correção para superar os equívocos
e insuficiências; usos para o sistema educacional: são as secretárias de
Educação que definem as prioridades da política educacional com mais segurança,
corrigindo os erros e insuficiências e estimulando as ações (programas,
projetos) que produzem bons resultados e os usos para a sociedade: são as
famílias e todas as organizações sociais que pode acompanhar o desenvolvimento
da educação, cobrando e apoiando para que ela alcance seus objetivos.
A
atividade um - Definindo justificativa e relevância da avaliação institucional
da escola. A cada módulo nos deparamos com um tema cada vez mais interessante
este foi mais um deles. Para o desenvolvimento desta atividade elaboramos
questionários específicos, que foi dirigido a alunos, funcionários e professores.
De posse dos resultados, identificamos o pensamento dos mesmos sobre o papel da
educação, a função social da escola e o sistema educacional do nosso país e
assim estabelecemos relações hierárquicas nas tomadas das decisões e no
cumprimento das mesmas para o aperfeiçoamento da qualidade da instituição
escolar. Atividade quinze- Compreendendo os sucessos ou resultados positivos e
as dificuldades ou insuficiências. Usamos como base os resultados da avaliação
institucional, foi importante a participação de todos para que pudéssemos
interpretá-los adequadamente usamos o nosso conhecimento sobre nossa escola e
sobre a educação. Assim na dimensão pedagógica temos nosso currículo definido
de acordo à faixa etária, a avaliação paralela que ocorre a cada unidade e a
aprendizagem sendo a principal meta dos nossos professores. Encontramos nos
arquivos um histórico escolar de um aluno que nos possibilitou analisar as
práticas e metodologias usadas na instituição escolar, pois nele contém as
formas de avaliação utilizada e também as disciplinas que continha no currículo
escolar da época. Na dimensão administrativa tem um colegiado atuante, o
controle dos documentos e registros é feito pela secretaria da escola como os
dados de aprovação e reprovação, a direção, coordenação e professores decidem
sobre os festejos e eventos da escola, a infraestrutura da escola ainda precisa
melhorar. As relações pessoais precisam ser modificadas entre alunos x alunos,
alunos x professores e demais funcionários da escola, relação entre pais x
professores e comunidade.
Assim percebemos que cada dimensão precisa ser ajustada de acordo as
necessidades que surgiram como: a aprendizagem dos alunos, a metodologia aplicada,
as condições das salas de aula, os banheiros, a biblioteca escolar, enfim as
relações dos alunos entre si e da comunidade local.
Na
parte administrativa encontramos um documento de uma portaria interna feita
pela diretora em 17/10/88. Dirigida ao Conselho de Classe com três resoluções,
quanto ao direito de recuperação conforme anexo que se segue.
2.1.5 Promover a construção coletiva do projeto pedagógico da escola
O
módulo III, aborda discussões importantes para a construção do Projeto Político
Pedagógico da escola e da importância de construí-lo coletivamente, observando
o que diz a LDB a respeito da construção pelos sujeitos que fazem a escola.
Alertando também para que a construção do mesmo não seja feita apenas por uma
exigência das leis que regem a educação brasileira, mas para conscientizar a
todos de sua responsabilidade e dos serviços que a escola oferece a comunidade
e que o mesmo deve ser de boa qualidade para todos.
Destaca os princípios orientadores que regem o Projeto Pedagógico que
são a democratização do acesso e da permanência com sucesso do aluno na escola,
qualidade de ensino para todos, organização curricular, valorização dos
profissionais da educação, relação entre a escola e a comunidade, autonomia e a
gestão democrática.
Chamando atenção para as dimensões pedagógicas definem o trabalho da
escola como um todo, o administrativo e financeiro são os aspectos gerais de
organização, as questões gerais de captação e aplicação dos recursos, jurídica
refere à legalidade das ações e a relação da escola com outras instâncias do
sistema de ensino, municipal, estadual e federal. Todas essas dimensões
precisam ser vistas naquilo que a escola já é e no sentido de apontar
possibilidades de se transformar, contando com o trabalho coletivo dos seus
segmentos. Essas dimensões devem ser analisadas considerando sua
interdependência, uma vez que elas interferem umas nas outras.
Enfatiza a importância da escola, que deve perceber-se como única na
construção do seu projeto pedagógico, refletir sobre suas práticas educativas,
sua realidade e suas relações com a comunidade. Com este diagnóstico da
situação atual, fazer uma discussão das concepções com grupo sobre os
diferentes componentes que interferem no trabalho pedagógico e execução das
ações estabelecidas como prioritárias pelo coletivo. Pois o projeto pedagógico
define a identidade da escola, mostrando diretrizes gerais que a mesma precisa
desenvolver visando tornar o trabalho mais agradável e produtivo e com o
objetivo de formar cidadãos participantes vida escolar e de suas ações de forma
democrática.
O
processo de construção do Projeto Pedagógico se desenvolve a partir de três
momentos interligados: a análise da sua realidade na dimensão; pedagógica,
administrativa, financeira, jurídica e social. Define as linhas de atuação de
acordo com os objetivos e o perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a
serem atingidas e acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas,
dos objetivos e o cumprimento das metas, avalia o desempenho dos alunos e do
corpo docente e da equipe escolar como o todo.
O
desenvolvimento da atividade quatro - Fazendo um levantamento das concepções do
coletivo da escola. Partiu do levantamento das concepções que temos na escola
de hoje e as que aspiramos, visamos assegurar que a escola realize sua missão:
ser um local de educação, que agrega vários indivíduos de diferentes culturas,
serem capaz de elaborar conhecimentos, detectar os saberes e formar valores.
Identificar e trabalhar a concepção do coletivo foi uma tarefa um pouco
complicada, necessitou mobilização, motivação e coordenação. Após dinamizar as
concepções do coletivo foi possível o acompanhamento do projeto coletivo e a
verificação da realização do que teoricamente foi proposto. A atividade oito -
Por que fazer o Projeto Político Pedagógico? Partimos da idéia de uma gestão
democrática e participativa, onde todos os envolvidos participam das decisões.
Começamos a construção do Projeto Político Pedagógico, tínhamos um diagnóstico
cognitivo e social dos alunos, que se fez com a participação dos professores e
coordenação. Com o Projeto Político Pedagógico a escola ganhou maior autonomia,
firmou o compromisso de atender os interesses da comunidade escolar, definiu
ações educativas necessárias ao cumprimento das metas estabelecidas, criamos
projetos que contribuíram para a melhoria da aprendizagem e por fim a
capacitação dos professores.
Todas essas ações contempladas no Projeto Político Pedagógico definem a
identidade da escola e ajuda na melhoria da qualidade da escola e na formação
dos alunos.
Na busca de
desenvolver melhor o meu trabalho pesquisando nos arquivos da escola encontrei
e um Histórico Escolar do Curso de Suplência de Educação Geral em nível de Iº
grau que tinha como Entidade Mantenedora a Associação Brasileira de Educação
Familiar (ABEFS) que estrutura o curso em três etapas e quatro estágios
semestrais. Fichas individuais do aluno, do ano de 1981 e 1986 onde consta o
ensino organizado por ciclo e por último uma portaria interna da direção da
escola.
2.1.6 Promover o sucesso da aprendizagem do aluno e a sua permanência na escola
O
módulo IV destaca o sucesso da aprendizagem do aluno e a sua permanência na
escola, para isso coloca na pauta das discussões, o currículo, professor; o
aluno, a avaliação, a motivação, a aprendizagem e o desenvolvimento. No
primeiro momento apresenta as teorias sobre a relação entre desenvolvimento e
aprendizagem diverge os behavioristas, que acreditam que o ambiente em que
vivemos é a variável mais forte na formação dos seres humanos. De outro lado há
os interacionistas, que acreditam na relação estabelecida entre os seres
humanos e o ambiente em que vivem. Para eles tanto fatores internos (do
desenvolvimento) como fatores esternos (próprio do meio) são importantes. Um
grupo importante deles, os piagetianos, supõe que a formação dos seres humanos
resulta da ação do sujeito sobre o ambiente em que vive. Existem também os
sociointeracionistas, que apoiados em Vygostski, defendem a idéia de que nos
tornamos sujeitos humanos apenas na interação com outros seres humanos.
O
principal papel do professor é o de orientar e guiar as atividades dos alunos,
fazendo com que aprendam, progressivamente, o que significa e representa os
conteúdos escolares. Cabe-lhes articular o conhecimento dos alunos com o
conhecimento culturalmente organizado, de modo que a próxima geração,
conhecendo as conquistas das gerações anteriores, possa dar continuidade ao
processo.
Alguns
princípios podem ser considerados centrais no processo de ensino aprendizagem
de toda e qualquer criança ou jovem tais como: a história particular do aluno;
o autoconceito do aluno; a aprendizagem que deve ser significativa, aprender
motiva ,quando o que está sendo ensinado faz sentido em sua vida, os elogios, a
aprendizagem vivenciada é duradoura, as aprendizagens precisam de repetição se
dar de forma interessante, a aprendizagem é mais sólida quando se conhecer os
erros, quando o estilo cognitivo é entendido aprender a aprender.
Para
conseguir alunos motivados e com força de vontade são fundamentais: a sala de
aula organizada, os professores pacientes e competentes, aprendizagem é desafiante
se oferecer tarefas interessantes.
A
presença de liderança, de coordenação, é indispensável na vida de uma equipe,
alguém que incentive o grupo a pensar, analisar, planejar e para executar o que
foi previsto; alguém que aponte a direção do trabalho a ser feito. Essa pessoa
é o mobilizador do trabalho coletivo, o grande articulador do processo de
elaboração e desenvolvimento do Projeto Pedagógico da escola. Seu sucesso
depende, com certeza, do empenho e do saber fazer pedagógico dos demais
participantes ,quando se trata de liderar o grupo ,há um pedaço que é só seu e
pelo qual você é o único responsável: a condução do grupo. É tarefa do líder,
propor atividades instigantes, provocadoras e viáveis, para transmitir
confiança e imprimir uma perspectiva de sucesso.
É
importante um processo de mobilização que faça as coisas acontecer: identificar
parceiros, colaboradores que sejam capazes de contagiar os outros, para a
construção de um novo ambiente escolar, um espaço vivo e atuante.
A
LDB apresenta várias possibilidades para a organização da educação básica. Está
evidente que a lei segue o princípio da flexibilidade e não mais o da
padronização. Estando organizado o ensino em: séries anuais ou períodos
semestrais, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados e
ciclos. O trabalho de reforço e recuperação da aprendizagem pode ser feito de
três formas; continua paralela e intensiva.
O processo de estudos de recuperação deve planejar: a organização do
tempo e do espaço; a escolha criteriosa de quem ministrará as atividades, o
contato com os pais, as trocas de informações quanto às dificuldades dos alunos
e por último acompanhamento e avaliação constante do trabalho e dos resultados
alcançados pelos alunos.
Tendo a escola como principal função: ajudar os alunos a construir conhecimentos,
formas de pensar e sentir mais elaborado, assim como valores sociais. O
currículo precisa ser mais organizado para se adequar à realidade de cada
escola, articulando-se às necessidades dos alunos, às opções dos professores, à
distribuição das disciplinas no quadro curricular. As relações que se
estabelecem no interior da escola e as práticas adotadas no cotidiano também
constituem parte do currículo e interferem no modo como os alunos aprendem.
Cabe a escola programar um projeto de educação comprometido com o
desenvolvimento das competências e habilidades que permitam aos alunos intervir
na realidade para transformá-la. Por fim é bom sempre lembrar que é na sala de
aula que se estabelece as relações entre alunos, professores e o conhecimento de
todos se apropriam para garantia do sucesso e permanência do aluno na escola.
Atividade dois – O sucesso exige acompanhamento. Conversamos com quatro
professoras do segundo, terceiro, e quarto ano A e B sobre a proposta de
escolher quatro alunos com baixo rendimento escolar. Percebemos um pouco de
resistência das professoras em participar, pois as mesmas argumentaram de
várias maneiras o insucesso dos alunos, porém não propuseram nenhuma solução. A
pós a escolha fizemos um levantamento da vida escolar de cada aluno através do
histórico escolar, percebemos a distorção idade série, aplicamos um
questionário de acordo à série, onde detectamos as disciplinas que tinham maior
dificuldade. Foi interessante que vários aspectos puderam ser percebidos; o
gosto pela leitura, as dificuldades de escrita e leitura de alguns, suas
preferências e com quem vivem. Ficou mais fácil planejar as devidas
intervenções. Ficou acertada entre as professoras e coordenação que cada
professor dentro de suas aulas trabalhe as dificuldades dos seus alunos dando
prioridade a leitura e escrita e as quatro operações que são as competências
básicas para os alunos concluírem as séries iniciais do fundamental I.
Percebemos que uma das dificuldades dos alunos também se encontra no fato de
não terem uma pessoa que pudesse lhe ajudar nas atividades que são levadas para
ser feitas em casa.
Para despertar o gosto pela leitura temos uma biblioteca bem organizada
com acervos literários sempre bem atualizados e muito bem dispostos para
facilitar o acesso, consulta e empréstimos aos alunos o que tem despertado em
muitos o gosto pela leitura.
Atividade três - Repensando a gestão pedagógica. Diante das propostas de
organização da educação proposta pela LDB, escolhemos os Ciclos e Grupos não
seriados. Fizemos uma breve apresentação do que é cada uma dessas modalidades,
tendo em mente, que a gestão pedagógica é uma área muito importante da gestão
escolar, visto que ela precisa satisfazer os desejos, as expectativas da comunidade
escolar e favoreça uma aprendizagem significativa para alunos. A escola tem
apenas uma turma com crianças na idade de seis a oito anos de idade que no
início do ano letivo estava organizada por série que era alfabetização 1º ano,
depois foi organizado por ciclos, com o estudo do módulo e através desta
atividade ficou mais claro estabelecer uma prática pedagógica baseada na
necessidade destes alunos, o que nos trouxe bom resultado.
2.1.7
Construir e desenvolver os princípios de convivência democrática na escola.
O módulo V traz de forma clara à temática como construir e desenvolver os princípios de convivência democrática na escola, sendo assim é missão da escola criar oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas e estéticas pelo processo de construção e reconstrução de conhecimentos. E também desenvolver o sentido de individualidade e de identidade do aluno, por meio da participação no processo social, no desenvolvimento de valores e atitudes. É papel da escola diante das rápidas mudanças que acontece no mundo do trabalho formar e capacitar os estudantes para a aquisição de novas competências, em função dos novos saberes que surgem é preciso articular o saber da escola com o da comunidade num relacionamento que deve promover o desenvolvimento pleno do aluno como pessoa cidadão, trabalhador etc.
A
escola que desenvolve uma convivência democrática tem espaços diversos nos
quais educadores, professores, alunos, funcionários, pais de alunos e
comunidade podem trocar experiências e realizar aprendizagens significativas
dando assim suporte ao projeto político pedagógico da escola.
Historicamente, a forma de organização da escola era marcada pela
necessidade de ordem, regras, silêncio, imobilidade, horários padronizados e
filas. Essa era a visão conservadora da escola. Felizmente, essas práticas tem
se alterado com outras formas de organização da escola.
As
barreiras ao convívio democrático às vezes está na própria escola, onde existe
varias formas de relacionamento. A escola, quando não oferece a perspectiva de
construir junto às regras de um convívio ,de interação, pois precisa de regras
e normas que orientem seu funcionamento e de convivência entre os diferentes elementos
que nela atuam. Nesse sentido, as normas passam a ser compreendidas como
condição necessária ao convívio social. As crianças e jovens precisam sim
aderir às regras (que implicam valores e formas de conduta) e estas somente
podem vir de seus educadores, pais ou professores. Os limites implicados por
estas regras não devem ser apenas interpretados no sentido negativo: o que não
pode ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentido
positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum
espaço social, a família, a escola, a sociedade como um todo. Então é mais
fácil par aos alunos seguir regras que eles ajudaram a criar, chegando à
disciplina. Para definir regras, de forma democrática todos discutem, sob a
condição de que todos aceitem o que a maioria decidir.
Os
diversos conceitos de indisciplina e disciplina estão ligados a vários meios:
social, moral, intelectual entre outros. O consenso entre diversos grupos
poderá ser a melhor saída e é importante lembrar-se da fala de Paulo Freire
“Ninguém se disciplina sozinho. Os homens se disciplinam em comunhão, mediados
pela realidade”. Desse modo a disciplina não deve ser imposta e nem tão pouco
os educadores e a família estão alheios a esta função, todos devem participar
da formação dos novos cidadãos de nossa sociedade.
Ainda
neste módulo percebemos a necessidade de estabelecer parcerias para que assim a
escola e a comunidade na qual ela está inserida tenham um pleno desenvolvimento
dos seus cidadãos. Esta abertura à comunidade com essas parcerias envolveu
compromisso, responsabilidade, e confiança. A parceria para ambas as partes vem
da necessidade de colaboração pra resolver problemas e/ou enfrentar desafios
comuns, buscar novos horizontes e crescer juntos. Toda parceria deve gerar
mudanças na escola e na comunidade, e assim suas ações previstas dentro do
projeto devem ser observadas como um todo: os critérios de avaliação; os dados
que a equipe deve recolher; a forma como esses dados devem chegar a cada um dos
parceiros; quando serão feitas as avaliações; como serão realizados os ajustes
e as correções no processo de parceria. Quando comecei a organizar o presente
memorial comecei a lembrar-me do tempo em que fui aluna nesta instituição e
havia entre o Banco do Brasil e a escola uma parceria não sei em que bases se
deram, mas eram escolhidos alguns alunos com a finalidade de selecionar
candidatos para provimento de cargo na referida agência. Buscando nos arquivos encontrei documento
enviado pela agência à instituição data de 04 de maio de 1988 que segue em
anexo.
Temos no Brasil desde julho de 1990 uma
legislação das mais avançadas do mundo em proteção à criança e ao adolescente.
Os maus- tratos à criança e ao adolescente tornaram-se um fenômeno mundial e
tem mobilizado todos os segmentos da sociedade e profissionais de todas as
áreas. É necessário conhecer e compreender as leis para poder aplicá-las e /ou
exigir o seu cumprimento. Os elevados
índices de repetência constituem uma forma de violência, na medida em que
também castigam os alunos e suas famílias, por que os submete a
constrangimentos que afetam negativamente a sua auto-estima.
Por
fim a convivência democrática não é algo que se implanta a partir de decisões
de alguns poucos, ela independe de concessões de quem está no poder e encontra
amparo institucional. Daí a importância do regimento escolar e de outros
instrumentos legais, que podem ser construídos e utilizados pela comunidade
escolar, no sentido de educar para a convivência democrática e é uma forma de
garantia do cumprimento dos princípios e das regras do convívio democrático.
Atividade um - Das mudanças “impossíveis” às
possibilidades de mudar: um estudo de caso. Quando nos reunimos para
desenvolver as atividades partimos, da nossa realidade, do que temos vivenciado
na nossa escola e refletimos sobre os problemas do cotidiano escolar; violência
verbal entre alunos, agressividade e intolerância. Pensamos quais as
intervenções necessárias para mudar o ambiente escolar. Assim passamos a ter um
olhar mais atento para com os alunos, sobre a forma como se relacionam com os
colegas, suas relações com a família e o ambiente externo. Percebemos através
do dialogo que mantínhamos com esses alunos, que suas ações são frutos das relações
familiares e da convivência na comunidade da qual eles pertencem. Pequenas
intervenções como apresentação de pequenas peças teatrais feitas em sala de
aula, inserção de alguns alunos em atividades de monitoria na própria escola e
eleição dos lideres de classe renderam bom frutos.
Desenvolvimento da atividade dois - Uma
proposta de parceria para a escola. O primeiro passo que demos foi conversar
com todos os profissionais da escola incentivando a participarem com suas
opiniões sobre as áreas de maiores necessidades para buscarmos uma parceria que
nos ajudasse a melhorar a escola e a convivência democrática entre dos os
envolvidos nela. Fizemos um projeto de parceria com o CREAS- Centro de
Referência de Assistência Social fez uma visita à escola onde esclareceu aos
alunos o papel do mesmo na defesa dos direitos da Criança e do Adolescente.
Também falou dos direitos e deveres das crianças e dos adolescentes.
2.1.8
Gerenciamento dos recursos financeiros da escola
O caderno de estudo do módulo VI
aborda de forma clara a temática de como gerenciar os recursos financeiros na
escola, pois é um assunto que vem recebendo muita atenção por parte dos
gestores da educação, em função da descentralização administrativa e pedagógica
e desconcentração da aplicação dos recursos pelas quais passam os sistemas de
ensino público. E com isso vem acontecendo a autonomia da escola, mesmo que
condicional, abrange suas distintas áreas de atuação: pedagógica e
administrativa.
Do ponto de vista institucional e
legal, a escola pública se constitui a partir do conjunto de regras e normas
que rege suas atividades e função no núcleo do sistema de ensino como está
determinado na Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Para que todo
esse processo de financiamento do ensino público seja posto em ação é
fundamental estar atento para as estruturas e as regras da administração
pública. E o estudo deste módulo vem promover e estimular nos gestores
escolares um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que lhe permitirá
acompanhar a gestão dos recursos orçamentários e financeiros destinados à
escola com segurança e de acordo com os princípios de autonomia, ética,
eficiência e racionalidade administrativa.
Reflete sobre a administração pública
e os cinco princípios básicos que estão estabelecidos na Constituição Federal
de 1988, art. 37 que são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência que determina administração da educação.
Destacando a administração da escola
pública e a associação com entidade de direito privado, que não visam o lucro,
mas a promoção de forma integrada com as políticas governamentais, de uma
educação de boa qualidade para todos. São instituições que se formam através de
caixas escolares, as associações de pais e mestres, conselhos escolares ou
assemelhados, que são constituídos para atuarem como unidades executoras, que
realizam parte do trabalho de administrar os recursos destinados ao bom
funcionamento das escolas públicas da educação básica.
Ressalta o exercício da gestão financeira
como uma das competências da escola deve exercitar as etapas de planejamento,
exercer o controle dos recursos financeiros e de sua vinculação ao projeto
pedagógico. Para que tudo isso aconteça de forma satisfatória na etapa inicial,
na qual são planejadas as ações que se pretende desenvolver é necessário que se
tenha o maior número possível de informações, para que o resultado seja próximo
do real. E esses objetivos deverão resultar das discussões entre o colegiado da
escola nas reuniões ou assembléias, enfim são discussões coletivas entre os
segmentos que compõem a gestão participativa da escola. Os instrumentos
orçamentários públicos que englobam o planejamento do setor da educação são, o
PPA – Plano Plurianual, que trata de objetivos e metas a LDO- Lei de Diretrizes
Orçamentárias e LOA – Lei Orçamentária Anual.
Quanto às fontes de financiamento das
escolas públicas há uma variedade de fontes que de uma forma ou de outra
financiam as atividades das escolas públicas. Os recursos administrados pela
escola são em sua maioria, oriundos de orçamentos públicos. Há também uma
pequena parcela derivada diretamente da contribuição privada. Os recursos
públicos a origem está nos impostos e nas contribuições sociais. Os privados
vêm da própria comunidade na qual a escola está inserida, bem como de outras
parcerias, contribuições, doações e até mesmo de projetos comunitários.
No
que se refere ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem seus recursos
destinados à cobertura de despesas de custeio, manutenção e pequenos
investimentos, de forma a contribuir, supletivamente, para a melhoria dos
estabelecimentos de ensino beneficiários. Devendo ser empregados na aquisição
de material permanente, manutenção e reparos da unidade escolar, aquisição do
material de consumo, avaliação da aprendizagem a aplicação do Projeto Pedagógico
e implementação do PDDE afirma que todas as escolas com mais de 50 alunos devem
ter sua unidade executora para o recebimento do PDDE.
Na definição dos gastos, há o momento para
planejar e último para realizá-los, é preciso está seguros da legalidade de
todas as despesas a serem contempladas. Para acompanhamento e supervisão de
cronogramas de desembolso devemos percorrer essas trilhas: a liberação de
recursos orçamentários, liberação de recursos financeiros, a aplicação
financeira dos recursos recebidos, recursos liberados e transferidos para uma
entidade privada e sem fins lucrativos, as datas de entregas e de realização
dos serviços devem corresponder aos prazos contratados, pagamentos realizados e
datas contratuais de pagamentos. É importante para a prestação de contas terem,
comprovantes de todos os pagamentos efetuados, registro no verso de contas e
documentos, o meio utilizado para o pagamento indicado o número do documento e
autenticação mecânica nos documentos fiscais. É necessário prestar contas à
comunidade escolar com o objetivo de atender as diversas exigências legais,
contábeis e sociais.
Atenta para a possibilidade de a escola
estabelecer parceria para a solução dos seus problemas e aplicação de
atividades voltadas para a elevação da qualidade da aprendizagem. Despertando
ao gestor cuidados ao observar todas as possibilidades e os benefícios que
resultará para todos os envolvidos. Para isso são fundamentais que nesse
instrumento de gestão sejam traçados os objetivos, os benefícios para a escola,
as metas, possíveis parceiros, ações da escola e dos parceiros, recursos
mobilizados e os indicadores de resultados da parceria.
Na proposta de execução do caderno de
atividades elaboramos um plano para aplicação dos recursos financeiros para
atividade quatro. Juntamente com a equipe da escola nos reunimos e discutimos
algumas ações, decidindo as de maior prioridade para serem realizadas, onde
ficou votada a reforma do banheiro dos professores e ampliação da biblioteca
visto que a ampliação da biblioteca consta no projeto pedagógico da escola. Na
atividade onze onde se faz o estudo da parceria e a avaliação de seus
resultados, avaliamos as vantagens, desvantagens e riscos para o patrimônio da
escola e os benefícios seguindo os princípios da administração pública nas
ações adotadas.
O estudo do módulo esclareceu melhor as
dúvidas sobre o gerenciamento dos recursos principalmente nas atividades
propostas nas unidades dois, três e quatro que ressaltam importância de se
fazer a aplicação correta dos recursos a que são destinados, o tempo de sua
aplicação e a prestação de contas, tudo em conformidade com o PDDE e a lei.
Buscar parceria a princípio parecia muito complicado e impossível, depois do
estudo percebemos que para ambas as partes há muitas vantagens e com um bom
projeto de parceria podemos melhorar a nossa escola e atrair futuros parceiros.
2.1.9
Gerenciar o espaço físico e o patrimônio da escola.
No
módulo VII as discussões abordam a gestão do patrimônio material e imaterial da
escola e sua importância na definição da identidade da instituição. Esse
patrimônio público, na realidade, pertence à comunidade e nela cumpre a sua
função social especifica, de ensino aprendizagem. Essas funções não se encerram
em si mesmas, incluem usos sociais diversificados do patrimônio escolar, que
caracterizam uma extensão da escola para a comunidade, os usos devem ser feitos
de forma que integrem à função pedagógica da escola e não em prejuízo desta. É
importante que aja uma articulação entre gestão do patrimônio e gestão
pedagógica.
Ao
patrimônio físico da escola relaciona-se o imobiliário (terreno e prédio) esse
patrimônio deve ser concebido em função do projeto pedagógico da escola, que
retrata a sua missão institucional. O patrimônio da escola deve ser também
considerado sob uma dimensão imaterial: a sua vocação educacional e sua
história. A vocação dá identidade à escola, que se afirma sob o ponto de vista
legal (credenciamento e ata de criação) e de organização interna (regimento
escolar, projeto político pedagógico, livros de ocorrência, atas das reuniões,
conselho de classe, caderneta escolar, ficha individual do aluno). A escola não
está isolada do mundo ,mas se inserida em uma rede de instituições com as elas
se relaciona,exercendo sua autonomia que lhe confere a nova legislação
educacional progressivamente vem lhe assegurando por esta razão a escola deve
estar claramente identificada nos órgãos e nas instituições que podem lhe
oferecer recursos para o desenvolvimento de seu patrimônio.
Ao
patrimônio escolar também se relacionam questões ligadas aos equipamentos,
material permanente, material de consumo e material de distribuição gratuita na
escola. A partir desta classificação é preciso planejar o uso de tais recursos,
a organização do trabalho escolar e a gestão do patrimônio, sob a perspectiva
de integrar ao projeto pedagógico. É importante para o bom desempenho da equipe
de gestão escolar: a manutenção, conservação e segurança do patrimônio, que tem
como foco o monitoramento, as condições de funcionamento do patrimônio e o
plano preventivo de sua manutenção, conservação e segurança.
Conhecer os conceitos básicos relativos aos
processos de aquisição, manutenção e alienação de bens e de contratação de
serviços para a escola é importante para que o gestor escolar cumpra com a
legislação em cada uma das fases do processo de constituição do patrimônio
público, observando todos esses processos, pois devem estar voltados para o
interesse publico e para o devido atendimento às necessidades do Projeto Pedagógico
escolar.
São
importantes procedimentos legais e administrativos que devem ser seguidos.
Na
unidade três já tínhamos estudado sobre a aquisição de equipamentos e materiais
permanentes e todos os tramites legais de competência administrativa. No desenvolvimento das atividades não
perdemos o foco e o objetivo, que é uma boa gestão dos recursos físicos e
materiais para alcançarmos bons índices de aprendizagem e construirmos uma
educação de qualidade para todos. Em todas as atividades sempre procuramos
envolver os profissionais da escola, mesmo quando parecia não se interessar
para que assim ficasse claro que todos precisam participar das decisões.
A atividade três - Você decide quadro
branco ou quadro verde? Após analise das propostas feitas levamos em
consideração os benéficos de um e do outro, considerando os benefícios a saúde
dos professores e alunos, a questão da higiene do ambiente da sala de aula, a
agilidade no desenvolvimento das aulas e a versatilidade do produto para
manuseio.
Apresentamos a atividade cinco – Que a escola
não separe o que a educação uniu: a união indissolúvel da gestão do patrimônio com
o Projeto Político Pedagógico. Para alcançarmos bons índices de aprendizagem
dos alunos e termos professores com aulas práticas e dinâmicas desenvolvidas
num ambiente acolhedor compreendemos que isso se faz com uma boa gestão escolar
e também a gestão planejada dos recursos físicos e materiais. Iniciamos a
atividade fazendo um levantamento do patrimônio, listando o que a escola tem em
termos de mobiliário, materiais de laboratório, equipamentos eletrônicos,
materiais esportivos, e também instalações físicas. E esse patrimônio compõe
também a identidade e a imagem da escola é através dele que o projeto
pedagógico se concretiza.
Ficou claro nesta atividade que é
importante atentar para adequação dos espaços, o conforto, a segurança, as
normas de qualidade e segurança de equipamentos e materiais e conhecer as
medidas preventivas de manutenção e reparos para aumentar a vida útil do
patrimônio. É preciso criar meios de incentivar a preservação do patrimônio
escolar com campanhas educativas que valorizam e despertam o sentimento de
pertencimento da escola como patrimônio da comunidade.
2.1.10 Módulo 8. Como desenvolver a gestão
dos servidores da escola?
A capacidade de gerenciar os
profissionais da educação dentro dos preceitos legais, avaliarem desempenho
desses profissionais, qualificá-los e estabelecer um clima de satisfação,
participação e integração de toda a comunidade escolar são os objetivos
explícitos deste módulo.
Definem-se
como servidores da escola os profissionais do magistério em regência de classe,
coordenação, suporte pedagógico, profissionais da administração, supervisão,
inspeção e demais trabalhadores em educação como bibliotecários e
nutricionistas. Ressalta que as funções de: direção chefia e assessoramento
reservado aos servidores ocupantes de postos permanentes de trabalho obtidos
por concurso público com atribuições especifica e os se vencimentos pagos pelos
cofres públicos, entretanto são funções que não correspondem a cargo na
estrutura administrativa.
Ressalta a importância de ser realizada a avaliação do desempenho dos
servidores para que a escola possa garantir a qualidade dos serviços, mas que
seja realizada sob a coordenação da Secretária da Educação. Os melhores
professores são valorizados com a progressão na carreira e com melhor
remuneração, que também se faz com a entrega dos títulos que comprovam a busca
do profissional pela sua qualificação que consta no plano de carreira dos
professores. A formação continuada é direito garantida pela Lei de Diretrizes e
Base da Educação.
Conforme Chiavenato, (1999) pessoas podem ser parceiros, colaboradores
das organizações sendo fornecedores de conhecimentos, habilidades, capacidades,
empregando a inteligência na perspectiva de ajudar e ultrapassar os limites.
Por
último afirma que a educação é uma prática de aprendizagem e vivência de
valores entre indivíduos, que se socializam, na convivência da diversidade
humana num ambiente onde há respeito, solidariedade e amizade.
No
desenvolvimento das atividades percebemos que não é fácil avaliar, pois os
funcionários, também os educadores deverão aprofundar a consciência de sua
responsabilidade, para ter reconhecida a importância do seu trabalho, no
processo pedagógico da escola. Para
tanto avaliar o fazer de cada profissional é ter um olhar atento; ao
envolvimento de cada um, a eficiência, o respeito para com o outro nas suas
posições, é que levam a acontecer mudanças necessárias a gestão escolar de
qualidade.
3. CONCLUSÃO
Analisando minha caminhada no Progestão
no inicio foram muitas as incertezas quanto a minha permanência no curso como
professora e bibliotecária da escola onde atuo. Como toda atividade pedagógica
transforma os que nela se envolvem, o Progestão me transformou. Mesmo diante
das dificuldades compreendi que nossas escolhas definem os caminhos que
queremos seguir e as nossas ações é que pode estimular o outro no processo de
mudança.
O
Progestão foi uma porta que se abriu para mim, serviu como estímulo, deu-me a oportunidade
de buscar e me apropriar de vários conhecimentos no processo de gestão escolar.
O que acho fundamental na vida do educador, “as mudanças respondem a força e a
ousadia do buscar e remexer o passado para construirmos um futuro melhor e com
bases sólidas”. E foi nesse buscar que encontrei documentos históricos na nossa
unidade escolar, valiosos que podem servir de suporte para darmos inicio a
vários trabalhos e várias propostas para melhoria da qualidade da educação
nossa escola e também do nosso município.
O
que nos faltou foi tempo para desenvolvermos todas as atividades dos módulos e
para fazer os devidos encaminhamentos e propostas para trabalhos que poderiam
ser feitos com a participação de diversas escolas e profissionais que não foram
contemplados com o curso do Progestão.
Assim posso vislumbrar a construção do
patrimônio imaterial desta instituição escolar e incentivar a construção do
acervo da cultura escolar.
Posso
dizer que me tornei consciente e capaz de compreender e encaminhar propostas para
o desenvolvimento de uma educação de melhor qualidade e propor ações para a
prática de uma convivência democrática.
Autoavaliação
No inicio do Progestão já compreendia a
função social da escola, porém não sabia como desenvolver a avaliação
institucional da escola. Ao iniciar as atividades do Progestão estas habilidades
em mim foram sendo desenvolvido, o que gerou mudanças significativas na equipe
escolar. As ações da escola ficaram mais claras e evidenciadas para a comunidade,
o que gerou maior envolvimento da mesma e participação ativa dos conselhos
escolares na prestação de contas do PDDE.
Assim sempre busco um maior envolvimento do corpo discente e da
comunidade nas atividades desenvolvidas na escola. Isto foi acontecendo à
medida que desenvolvi através do Progestão as competências necessárias para uma
gestão democrática e participativa.
Conduzir a gestão pedagógica da escola de
forma a tornar a aprendizagem bem sucedida é foco da nossa instituição escolar.
Mas para isso precisava desenvolver algumas competências que ficaram claras para
mim a partir dos estudos do módulo e do desenvolvimento das atividades
propostas. Para isso organizamos as atividades de forma articulada com Projeto
Pedagógico e de forma que pudéssemos agregar as políticas públicas da educação
dentro da nossa instituição. Foi preciso estudar melhor e observar as leis da
LDB que nos dá suporte para uma gestão eficiente da instituição escolar.
Favorecer um clima de convívio
democrático e envolver as pessoas no processo de gestão foi uma das competências
muito interessante e gratificante desenvolvidas durante o Progestão, pois
percebi que foi um processo que me envolveu na dimensão pessoal e profissional,
ocorreram em mim mudanças importantes no convívio profissional. Instalaram-se
na escola um clima de envolvimento entre todos os profissionais da escola o que
causou uma mudança nas relações e uma maior abertura para o diálogo entre todos.
A eficiência na gestão dos recursos
financeiros, patrimônio escolar e dos servidores era incipiente, porém o estudo
do módulo do Progestão foi de suma importância para me esclarecer e desenvolver
a capacidade de executar com clareza e de acordo com as leis da Gestão Pública
os recursos financeiros e o patrimônio escolar sem ferir os princípios da lei. Gerenciar
o quadro dos funcionários de acordo com as necessidades da instituição é uma
necessidade quando se busca uma educação de qualidade para todos, no entanto
esta competência ainda era incipiente, foi preciso conhecer melhor o Estatuto
do Servidor Público para desenvolver esta competência de gerenciar os recursos
humanos de acordo com os princípios da Constituição Brasileira.
Por MARLEIDE BATISTA VILAS BOAS SILVA
4. REFERENCIAS
PENIN, Sônia Teresinha de Souza.
Progestão: Como articular a função social da escola com as especificidades e as
demandas da comunidade? Módulo I / Sônia Teresinha de Souza Penin, Sofia Lerche
Vieira; coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED –
Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
DOURADO, Luiz Fernandes.
Progestão: Como promover, articular e envolver a ação das pessoas no processo
de gestão escolar? Módulo II / Luiz Fernandes Dourado, Marisa Ribeiro Teixeira
Duarte; coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED –
Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
MARÇAL,
Juliane Corrêa. Progestão: Como promover a construção coletiva do projeto
pedagógico da escola? Módulo III / Juliane Corrêa Marçal, José Vieira de Sousa;
coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED –
Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
GROSBAUM,
Marta Wolak. Progestão: Como promover o sucesso da aprendizagem do aluno e sua
permanência na escola? Módulo IV / Marta Wolak Grosbaum, Claudia Leme Ferreira
Davis; coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED –
Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
CARVALHO, Maria Celeste da
Silva. Progestão: Como construir e desenvolver os princípios de convivência
democrática na escola? Módulo V / Maria Celeste da Silva Carvalho, Ana Célia
Bahia Silva; coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília:
CONSED – Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
MOREIRA, Ana Maria Albuquerque.
Progestão: Como gerenciar os recursos financeiros? Módulo VI / Ana Maria
Albuquerque Moreira, José Roberto Rizzoti. – Brasília: CONSED – Conselho
Nacional de Secretários de Educação, 2009.
MARTINS, Ricardo Chaves de
Rezende. Progestão: como gerenciar o espaço físico e o patrimônio da escola?
Módulo VII / Ricardo Chaves de Rezende Martins, Rui Rodrigues Aguiar;
coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED –
Conselho Nacional de Secretários da Educação, 2001.
ABREU, MARIZA Vasques de.
Progestão: Como desenvolver a gestão dos servidores na escola? Módulo VIII /
Mariza Vasques de Abreu, Esmeralda Moura; coordenação geral Maria Aglaê de
Medeiros Machado. – Brasília: CONSED – Conselho Nacional de Secretários da
Educação, 2001.
FERNANDES, Maria Estrela Araújo.
Progestão: como desenvolver a avaliação institucional da escola? Módulo IX /
Maria Estrela Araújo Fernandes, Isaura Belloni; coordenação geral Maria Aglaê
de Medeiros Machado. – Brasília: CONSED – Conselho Nacional de Secretários da
Educação, 2001.
FREITAS, Kátia Siqueira.
Progestão: Como articular a gestão pedagógica da escola com as políticas
públicas da educação para a melhoria do desempenho escolar? Módulo X José
Vieira de Sousa; Kátia Siqueira de Freitas. Coordenação Geral: Lílian Barboza
de Sena – Brasília: CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação,
2009.
FREIRE, Paulo- 1997: Democracia na
Escola: mensagem retirada da internet.
CHIAVENATO, Idelbrando - Gestão de pessoas: O novo
papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
As anotações dos anexos;
Módulo I: Encontro Regional de Educação.
Módulo IX: Portaria Interna da Direção.
Módulo III: Histórico escolar do Curso de Suplência,
ficha individual do aluno do ano de 1981 e1986 e a Portaria Interna da direção.
Módulo V: Oficio do Banco do Brasil.
parabéns e bom trabalho que influencia de formas positivas...seria bom continuar
ResponderExcluirparabéns e bom trabalho que influencia de formas positivas...seria bom continuar
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